Templo de Umbanda Ogum Vence Demanda

Fundado em 1982

Caboclo Vence Demanda

Caboclo Vence Demanda

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Texto II para reflexão.

Na contra mão do ensinamento Umbandista.

Texto II



Fases do Desenvolvimento Espiritual.



Desenvolvimento: aprendizado do (a) iniciando (a) para a melhoria de sua capacidade mediúnica, com a finalidade de “receber” ou “incorporar” as entidades. Normalmente em sessões especiais, esses aprendem a controlar o transe, e não cair no chão, a ter um determinado comportamento conforme os “mentores” ou “santos” que “recebem” para evolução. O desenvolvimento ou tratamento espiritual como dito no texto anterior depende das faculdades humanas para se realizar. Indiscutivelmente esse paralelo com o desenvolvimento espiritual só se executará se o ser humano, pautado desse dom, evoluir como pessoa. Não só bastará os espíritos serem evoluídos para que o conjunto da missão seja realizado, ou seja, essa só terá resultado positivo se ambas as partes (ser humano encarnado e espírito) estiverem em sintonia. RACHID, 1985, pg. 25, acrescenta três fatores para o desenvolvimento espiritual e diz que essa é a organização geral do cognitivo que se expandem para a base intelectual, moral e ética. O primeiro é a Natureza Intelectual. Talvez a mais importante, o autor diz... é aquela que obriga o médium a instruir-se na doutrina, da qual deverá ser um exemplificador, uma presença capacitada e não um agente inculto, que age por fé cega e fanática. Essa por si só já indica o perigo para todos envolvidos, ou seja, a zeladora de santo responde por esse médium cego e fanático, que por sua vez “passa a charrete na frente dos cavalos” como se fosse o único com razão dizendo coisas ou orientações desorientadas para a pessoa que está aos seus pés, fazendo uma simples consulta espiritual vire uma sessão de desobsessão. E com isso acarretando peso ao templo com “manifestações suicidas”. Ainda segundo o autor, existe também o Caráter Moral. Rachid comenta que esse é o ponto chave para a mediunidade pelo fato de propiciar o equilíbrio entre o ser humano e a evolução espiritual. Porém para encararmos o caráter moral para equilíbrio entre os dois mundos é preciso levar em consideração alguns fatores como, por exemplo, a Idade, que dependerá da maturação do ser e a Cultura Educativa, que além de ser a base da construção humana, poderá ser inviolável pela pessoa. Isso significa que talvez seja inexistente a abertura para novas aquisições morais. E muito provavelmente um médium nessas condições fique em apenas um local, o que é extremamente delicado e perigoso. Como é do saber de todos a não fixação em determinado local e tempo é fruto da busca de um espaço e resposta que ainda é inexistente, que também pode ser uma inadequação as normas de uma determinada casa. Orphanake ainda diz que em relação a moral no desenvolvimento a umbanda (...) é corporação divina constituída por soldados da fé, esperança, paz e caridade (...) contribuem para elevação moral e espiritual dos seres humanos (...) E por fim Rachid completa o terceiro fator que é o do Caráter Técnico onde diz que se trata do adestramento das faculdades, para que o médium saiba agir com eficiência, adquiria flexibilidade mediúnica, e o auto-controle em todas as circunstancias. O autor ainda enfatiza como no inicio do texto que tudo tem seu tempo e o desenvolvimento espiritual está incluso. Em seu discurso fica claro a comparação entre a maturidade humana e a evolução espiritual. Diz que o melhor momento do inicio dos ensinamentos umbandistas é quando a pessoa é jovem, podendo assim melhorar sua maturidade com o espiritismo. Porém fica aqui uma ressalva. Hoje não é muito viável pelo desenvolvimento humano considerando o caminho da maturidade precoce dos jovens. Castro, 1985 pg. 46-47, diz que o médium no seio do espiritismo é aquele que transforma o dom que todo homem possui em mediunidade ostensiva através do desenvolvimento da mediunidade (...) Iniciar-se na mediunidade (...) Na doutrina refere-se ao contato com a literatura espírita, o estudo, a reflexão e a aceitação de seus princípios. Essa última talvez seja a mais fervorosa e ao mesmo tempo a principal, onde a primeira causa um impacto nos médiuns indecisos, vaidosos, rebeldes e sem limites de respeito. Já a segunda abre um leque gigantesco para entender melhor o que se está fazendo. Caros irmãos. A Umbanda como diz em seu hino que é paz e amor, é um mundo cheio de luz, precisamos sempre questionarmo-nos se estamos no mesmo caminho, nos policiarmos se estamos no mesmo barco e se estamos mesmo sabendo com o que estamos lidando. Pensando nisso neste texto há dez questões para reflexão. a) Porque aceitei? b) Se só participo em um templo, quais são os meus sentimentos pela casa de Umbanda que sou filho? c) Porque estou nesta casa? d) Para que estou aqui? e) Sei todas as regras da casa e da Umbanda, ou pelo menos as principais? f) Cumpro todas elas? g) Sou humilde, que é o pilar da umbanda, a ponto de respeitar e aceitar as criticas, repensando na minha atuação na casa? h) Na minha limitação já cheguei ao máximo? Posso passar disso? i) Como posso fazer isso? j) O que penso da minha presença na casa? Positiva ou negativa? Refletir sobre suas ações dentro da casa, analisando seu comportamento e refazendo ele, se necessário, é fundamental para se evoluir como homem e como médium na Umbanda. Pensem nisso e boa reflexão. Axé.

Marcelo F. Lima

Bibliografia utilizada.

Orphanake, Edson. A Umbanda e suas Ordens. Editora Obelisco.1982. pg. 122-124. 1ª ed.

Castro, L. Viveiros. O que é Espiritismo?. Editora Brasiliense. 1985. pg. 46 e 47. 2ª ed.

Rachid, Jamil. A Força Mágica da Mediunidade na Umbanda. Empresa Jornalística Aruanda Ltda. 1985. pg 25-28. 2ª ed.

Cacciatore, O. Gudolle. Dicionário de Cultos Afro-Brasileiros. Editora Forence-Universitária Ltda. 1988. pg. 103. 3ªed.

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